Hoje, antecipando a semana de férias que se aproxima, voltei a pegar na bicicleta e desci até ao rio, vagueei pela cidade, andei por aí. E descobri que a cidade não parou de se mexer e renovar.
São os novos quiosques na Avenida da Liberdade (que só critico pela forma como ocuparam os passeios sem deixarem espaço para a circulação de peões), é a ala do Terreiro do Paço que se prepara para ser entregue ao lazer, são os novos restaurantes e espaços que abrem todos os dias, em fusões de gostos e sabores, a misturarem tudo com o resto. Ou não fossemos nós um povo de mixturas.
Voltando ao Terreiro do Paço, está lindissimo e agora sim, é uma das praças mais bonitas do mundo. Basta ver como os turistas ali se passeiam cheios de prazer e sol nos olhos. Basta sentir o espaço em frente para se ver que estamos num sítio único.
Mas nem só de turistas. A Baixa está a receber novos públicos, talvez ainda discretos. Penso na StartUp Lisboa e no poder de atração que poderá ter naquela zona da cidade de gente nova, pronta a viver a cidade de outra forma. A dinâmica do Chiado pode alastrar facilmente até à outra colina.
Bicicletas são cada vez mais, também. Já não são aves raras a cruzar o trânsito. Aos poucos começamos a perder o medo de ocupar a estrada que também nos pertence (uns mais que outros claro, que eu ando um desaparecido). Tenho a impressão de que uma decisão rápida sobre o sistema de bicicletas partilhadas, bem pensado, junto aos principais hubs de transportes públicos e alargando a toda a cidade faria uma grande diferença em menos que nada.
Lisboa muda. Lisboa tem vontade de mudar e tem espaço para o fazer e tem um povo que quer ver isso a acontecer.
Estou muito curioso de ver em que lugar vamos estar na lista da Monocle apesar do muito que ainda temos para fazer, mas estes últimos 2 anos anos têm sido tremendos e muito interessantes.
(foto gamada no Facebook do Quiosque TimeOut)