Hoje fiz uma viagem de taxi bastante “produtiva” mas também muito triste. Fiquei a saber que a Rádio Taxis embarcou nas novas tecnologias e na ânsia de melhor servir o cliente, os serviços vão passar a ser marcados através dum “pc”, ao taxi que for localizado mais perto do local da chamada.

Assim se chega ao fim de um ciclo de histórias delirantes, de sons roufenhos, de discussões acesas, de impropérios, de esquizofrenias entre o rádio da central, o rádio sintonizado num qualquer forum de ouvintes ou numa rádio popular, no vidro aberto para a cidade e para as palavras curtas gritadas aos restantes condutores.

No meio de tudo isto claro que tinhamos que dar também a nossa opinião e prestar toda a atenção às teorias da conspiração e demais delírios do taxista.

Vamos ganhar em silêncio, esperemos.

Com esta revolução, espero que não se vão também as simpáticas telefonistas, com quem tive flirts e casos “amorosos”, que sabiam mais da minha vida que eu, que me estranhavam locais ou horas e muitas vezes me resolviam embrulhos.

Senhoras a quem nunca vi a cara mas para quem imaginei histórias e idades.

… acho que vou sentir falta daquele “RÉEETALIS” cheio de estática… GPRS killed the radio star.

2 Replies to “A menina do Rádio Taxis”

  1. Uma enorme perda, sem dúvida.

    Algumas vez ouviste os rádio táxis do Porto? Muito melhores que os de Lisboa!

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